segunda-feira, 25 de junho de 2012

σѕ нσмєηѕ, νєяηιzєѕ, ѕαℓτσѕ αℓτσѕ є ∂σяєѕ ησѕ ρéѕ. α ѕιησηiмια


Parece não haver semelhança, certo? Eu ajudo.
Ontem, estava eu numa demanda por um verniz cor-de-rosa, quando notei, no meio de tanto verniz, que os vernizes e os homens têm semelhanças incríveis!
Bem, talvez eu pusesse de parte a secagem rápida, mas sim.
Em primeiro lugar, ambos têm muitas utilizações. Ambos nos irritam profundamente quando estão gastos e já não há mais nenhum, porque eram edição limitada.
Ficam bem nas nossas mãos, e alguns até nos pés. Também “saem fora dos eixos” e borram a pintura toda. O que não é NADA boa ideia.
Tal como o verniz, os homens são postos na prateleira. Há de diversos tamanhos , marcas e feitios. E quando temos um, há sempre um sujeito ou uma sujeita que pergunta onde arranjámos.
Há quem não goste, há quem adore, há quem goste de vários. Há quem só queira um, e quem tenha dezenas deles, e não goste de nenhum. E sim, isto é válido tanto para os homens como para o verniz.
Há aqueles que precisam de segunda camada, os que brilham no escuro, os com brilhantes, os endurecedores, e os edição limitada. E, tal como os vernizes de edição limitada, a partir do momento em que eles existem, temos de palmilhar muito para obter determinada coisa. Enfim, é a vida! 

Quanto aos sapatos de salto alto... Deixam as raparigas bonitas, o que me faz ter a certeza que uma mulher amada, é uma mulher bonita. Isto relaciona-se porque os homens (decentes) dão-nos segurança. Tal como os saltos altos de plataforma. 
Depois há aqueles que são confortáveis e que mesmo que doa um bocadinho ou faça bolha , não nos conseguimos separar deles. E depois há aqueles que fazem bolha, calo, e doer para carago, e mesmo assim continuamos a insistir em usar os raios dos sapatos, como se um dia aquilo fosse mudar. Aquilo pode mudar um dia, mas também pode não mudar. Mas a esperança mantêm-se.
Há aqueles em que vamos a andar na rua e partimos o salto. E quando se parte o salto entra-se em pânico. 

E, como pessoa que adora ténis, não quero dizer que os homens sejam algo acessório,  mas como eu já ensinei á minha pequenina, as princesas precisam de príncipes, mas as guerreiras salvam-se sozinhas. E olha que normalmente, se a princesa não se mexe, é comida pelo dragão. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

υм τєχτσ cσм "ρózιηнσ" *


Chegará um dia em que te habituarás á minha ausência por breves minutos. Depois, esses minutos vão passar a ser horas. Essas pequenas horas transformar-se-ão em dias, que pouco a pouco formarão semanas. E, inevitavelmente, essas semanas farão um mês que levará a outros meses. Chegará o momento em que te vais esquecer do meu riso e do som da minha voz. Pouco a pouco, vais esquecer as coisas que me faziam rir, o pouco que sabias sobre mim. A isso, seguir-se-á a minha morada, a minha idade, o meu nome. Tornar-me-ei numa lembrança tão vã que não terás mais nada do que te lembrar. Alguém te falará de mim, e tu simplesmente agirás como se nunca me tivesses conhecido. Todos os dias, eu sentirei a tua falta. Contarei os segundos sem ti e com eles farei um livro. Lembrar-me-ei dos nossos segredos, das nossas promessas, não interferindo na tua vida para que me esqueças ainda mais. Vou lembrar-me de cada palavra, de cada frase, de cada suspiro. Vou lembrar-me de ti a cada dia da minha curta vida. E, no entanto, agirei para que não te lembres de mim. Vou ver-te ser feliz, construir uma vida nova ao lado de alguém, enquanto eu vou guardar as minhas lágrimas para mim. Vou sair dos teus sonhos e ela irá preenchê-los por mim. Ela irá dar-te o que eu não te pude dar. Quando te habituares completamente á minha ausência, quererei desaparecer de verdade. Quererei construir algo novo, sem ti. E vai custar-me tudo, tal como eu sempre soube que custaria. Nesse dia, o arco-íris irá desaparecer para mim, e eu saberei que me esqueceste.



E tentarei desaparecer. E quando o tentar fazer, não me deixes. Abraça-me, chama-me de tonta, ri-te da minha teimosia. Diz que me amas. Porque se me amares, não terei de te deixar ir, porque aí eu serei o melhor para ti, e tu o melhor para mim.
 Sê meu, e eu serei tua. 

domingo, 3 de junho de 2012


«March, 12.  - E um dia talvez repares que não estou mais aqui. E aí vais perguntar-te onde estou. Vais ter saudades de quem fui, e vais arrepender-te. Mas eu não pude esperar pelo teu arrependimento. Nem que dissesses que lamentavas. Não pude continuar na ilusão que um dia abririas os olhos. Porque não era o que me competia. Não era esperar. Porque, esperar por ti era como esperar pela chuva. Uma completa perda de tempo. E como vês, na verdade, continuo a escrever sobre ti. Talvez para aprenderes. Talvez para partires. Talvez porque é uma lição.»


Today - Mas principalmente, porque tenho medo que me aconteça o mesmo de novo. Que mais ninguém lamente. Que eu perdoe, perdoe, e perdoe de novo, e tudo acabe exactamente da mesma maneira. Tenho medo porque, substancialmente não me posso dar ao luxo de confiar. E isso mata-me. Pedaço a pedaço. Achas que acredito que vai ser tudo um mar de rosas, e que vai ser como nos filmes na Disney, e no feliz para sempre? Não. Acredita, não sou o tipo de pessoa que se possa dar ao luxo de acreditar nisso. E a culpa talvez não seja tua, talvez seja minha. Talvez eu tenha dado demais. Talvez eu não consiga ver mais nada senão as coisas más. Mas há coisas das quais eu não tenho culpa. Da dor. Dos pedaços partidos. Das conversas que tanto disseram sem nada se ouvir. Disso, nada tenho culpa. Disso, nada me arrependo. E por mais que isso seja o pior de tudo, é impossível me arrepender de algo assim, porque fez de mim o que sou. Fez de mim a pessoa que tem medo. E sabes, nem tenho problema em dizer que tenho medo. Faz de mim humana. E a nossa humanidade é o que nos define a todos.
E sabes o medo? Um dia ele vai desaparecer. Assim como tudo o resto desapareceu quando eu precisei que desaparecesse. Assim como eu pedi para que tudo mudasse e tudo mudou. E foi devagar, progressivo. Para habituar todas as moléculas do meu corpo á ausência. Para habituar todas as partículas do meu coração à liberdade. E tudo isso custou, mas tudo isso me fez viver. 




sábado, 2 de junho de 2012



Já desejei ser dona do mundo. Olhar e ver acontecer, sentir no meu coração o bem, o amor, tudo de bom. Também desejei o que não podia ter. Erro, maldição, coisas fúteis, não interessa. Olho pela janela e vejo um novo amanhã. Se tu existes, eu existirei, e nós existiremos, num mundo. Esse mundo, que não é teu nem meu, será nosso, apenas para o podermos guardar. Quando achamos que a vida já não vale nada, caminhamos entre a erva e achamos uma flor. Olhamos vagamente para as nuvens e vemos o brilho do sol entre elas. Em tudo, há esperança. Se deixarmos de acreditar, para quê viver? Para quê deixar-nos condenar, para quê deixar bater um coração vazio, que nada preenche, em que nada vive. Um coração que quase não bate, apenas o faz por hábito. Que pode ter sido partido tantas vezes que pode já não voltar a bater na próxima. Quando isto acontece, usamos cola. Achamos que a cola vai durar sempre, que seremos sempre fortes , que nada nos derrubará. Doces mentiras, doces enganos. Tecemos uma teia, onde a felicidade morre a cada dia pelo engano. Pela mágoa. Vivemos algo que não é nosso. Quando isso acaba, o que podemos ter? Olhamos para tudo e vemos que não lutámos. Preferimos, viver, essa doce ilusão, e não olhar para trás. Afinal, quando a vida nos oferece uma chance de sorrir, a primeira coisa que fazemos é aceitá-la , mesmo sem saber que é real, que é nossa, que tem o nosso nome escrito a caneta de acetato, daquelas que não se podem tirar.

Ás vezes achamos que tudo é para sempre. Ás vezes, não é. Ás vezes encontramos o nosso destino ao virar da esquina e uma simples frase pode mudar tudo, desde que signifique algo, que seja sincera, que venha misturado com um cheiro a sinceridade, como cheiro a chocolate. Aceitas a mudança. És abençoada. Rejeita-la. Perdes tudo. Quando te dão algo, quando a vida te dá algo, não podes desperdiçar. Primeiro, tem de ser real, depois, fica para sempre.

E assim, há a sobrevivência. Vencer os demónios, superar o medo. O medo que tanto destrói e tanto condena. Tirar o peso de cima das costas, o peso que antigamente tanto torturava, o peso que um dia foi o criador de todo o tipo de desgraça. O peso que, acabou por desaparecer, pedaço a pedaço, pedaços esses que eu partilhava com a alegria de tentar ter o que nunca poderia ter. Alegria essa que se tornou na minha maior desgraça. E tudo isso desapareceu. E não voltou mais.



 

Eu poderia dizer imensas coisas. É, eu podia. Mas nada do que eu disser fará sentido. Porque, de alguma maneira, nada seria comparado ao que realmente é. Quer dizer, já tentaste descrever um pôr-do-sol? É lindo, brilhante. Mas que diz isso sobre o que significa no coração de cada um? Será apenas mais um pôr-do-sol? Será aquele que mudará toda a vida da pessoa, em que todas as decisões são tomadas e aceites por determinado ser humano, e que aí todo um novo futuro se constrói?
E eu não posso descrever um pôr-do-sol. Assim como não posso descrever isto. E podia fazer disto uma teoria. Algo que não se pode explicar é directamente atingido pela Teoria do Por-do-Sol. 
Mas isto digo eu, que gosto de divagar xD



"Love doesn't make the world go round. Love is what makes the ride worthwhile"


Lσѕτ *


Era suposto eu estar bem. Na verdade, radiante. Ainda mais, perfeitamente feliz. Mas não estou. Hoje, em vez de sair, fiquei em casa. Sentia um peso enorme. Não sei se eram as lágrimas reprimidas. Não sei se foi aquele regresso ao passado tão repentino que de repente me passou pela cabeça, pela cabeça do ser humano fraco que sou. Nem sei se foi de acordar sem ter dormido tudo. Não sei. Mas, não consigo… Eu, não sei.
Em primeiro lugar, há pessoas a quem eu devia pedir desculpa. Pessoas a quem magoei. Pessoas que me magoaram. E o mais difícil é não ser capaz de o fazer. Ou se for capaz, não ser o suficiente. Pela primeira vez na minha vida, neguei aquele instinto de vingança e maldade tão característico meu. E apeteceu-me pedir desculpa. Mas não pedi. E queria que tivessem pedido desculpa. E não pediram.
Em segundo lugar, não entendo como podemos ter o que sempre quisemos e estar, ainda assim, insatisfeitos. Será que o ser humano nunca se contenta? Livrei-me da droga que tanto me atormentava. E isso, para alguém tão casmurra, repetente e cansativa como eu, foi uma grande vitória. Sabes aquele sujeito que vem num cavalo branco, por quem tu esperas toda a vida? Ele não vem num cavalo branco, nem veste fatinho branco, nem é perfeito como nos filmes da Disney. Esse sujeito é humano. E é, ainda assim, o mais próximo de perfeição que se pode encontrar, por isso, não devemos deixar esse tipo de pessoa ir embora.
Em terceiro lugar, continuo a sentir-me sozinha hoje. Não sei se é por causa da exaustão tão acentuada que me obrigou a adormecer em cima de um pequeno trampolim. Aliás, nem me lembro do que a rapariga que estava a dormir pensava. Porque ela tirou férias neste preciso momento. E essa sim, tem sorte. Eu, nada sei, tudo digo e muito pouco acerto.
Eu, a minha humanidade tão finalmente definida, e os meus erros tão presentes, levam-me hoje a aceitar que o dia em que paramos de tentar, é o dia em que deixamos a terra engolir-nos. Porque é o que sinto agora. Mesmo tendo uma parte de mim que tem tudo o que sempre sonhou, a outra parte falta algo. É o puzzle incompleto, aquele que só aparece quando a exaustão chega. E não sei o que pode curar isso. Nem sei se vale a pena curar. Talvez devesse enterrar esta parte, tão exausta de sentimentos, tão retraçada e tão dorida. Como se tivesse sido atingida por milhões de facas. É como se tivesse a fazer o luto do que um dia eu fui, e do que parte de mim continua a ser.
Mas sabes, eu sou a fénix. Aquela pequena personagem que renasce das cinzas. Aquele pequeno animal que nunca desiste. Que volta, e volta, e volta. Assim como eu. Eu volto. Eu voltei, e vou continuar a voltar. Não sei porquê nem como. Não sei.
Eu quarto lugar, está o medo. O medo de me enganar, de errar, de voltar a cair na minha tendência imperfeita de acreditar e sofrer, e desse ciclo se repetir vezes sem conta, sem eu na verdade dar graças do que tenho, ou do que um dia tive. Simplesmente tornou-se imperativo não deixar o coração morrer. Fazê-lo continuar a bater, independentemente de tudo. Sem parar. Sem doer. Tentar. Não desistir. 



«Ás vezes as pessoas choram quando estão felizes. E não é por quererem estar infelizes, ou por serem loucas. É porque mesmo quando estão felizes, ainda sentem que falta algo. Porque mesmo quando o sol brilha o arco-íris ainda tende a aparecer, pelas lindas gotas de chuva que caem da nossa alma. E sim, a alma chora quando não tem quem a complete. Porque almas sozinhas são almas vazias, sem nada dentro, sem nada saber. E cada lágrima que cai contempla toda a sabedoria dessa lágrima, ali, quieta e rolando pela face abaixo