sábado, 7 de dezembro de 2013

ℓινє- ѕмιℓє- ℓαυgн


Sabes aquele sentimento em que parece que tudo vai mudar? Que te vais acertar, que vais deixar de ter atitudes deprimentes, que vais mudar tudo. Que vais pegar nos retalhos de coisas que já aconteceram num dia passado e construir uma nova vida, livre, pura, sem maldade. Sabes esse sentimento? É treta. Podes conseguir mudar por um mês, dois meses, mas depressa a tua essência vai voltar ao teu corpo. Depressa ela vai tomar conta de ti de novo, vai te reensinar a viver da maneira como vivias antes, como se tivesses esquecido. Todas as tuas esperanças vão voltar. Todas as coisas contra que lutaste, todas as memórias boas e más. Por mais que tentes mudar quem és, não podes apagar a tua história, não podes construir alguém que não existe. Porque isso vai simplesmente matar-te por dentro. Não podes dizer-te o que sentir ou o que fazer. Não podes tentar mudar a tua essência. Por mais que aches que nasceste de novo, que tal como uma fénix te ergues sobre novos territórios, irás errar. Irás caminhar em falso. Porque não é o que conheces. Por vezes o desconhecido é, bom, é fácil. Melhor que aguentar a vida que temos normalmente. Melhor do que acordar todos os dias e sentir a frustração de não evoluir.  

No entanto, podes manter esse sentimento guardado. Concentrar-te na tua vida, nos teus objectivos, no que mais desejas conseguir e guardar a tua essência a sete chaves até teres espaço mental para lidar com ela. Para coexistirem no mesmo corpo.  Até teres o sangue a correr puro nas veias o suficiente para aguentar a injecção de malefícios de novo. Até poderes largar a agenda ocupada para lidar com assuntos do corpo e do coração. Até teres controlo na situação, embora não tenhas controlo sobre ti.



Porque a vida evolui, porque a vida prossegue. Porque tu és tu e o que és nunca vai morrer. Porque vais ser sempre uma chama viva no teu próprio coração. Porque vais ter possibilidade de construir um caminho. Porque vais ter um futuro, uma vida, algo construído por ti. Porque um dia podes morrer mas o teu legado nunca morrerá. Porque és eterno, mesmo sem seres. Porque quando respiras marcas um lugar só teu. Porque somos tempo, espaço e infinito. Porque somos indefinidos. Porque somos nós. 

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